Mais de 30.000 pessoas, muçulmanos e budistas, foram deslocadas devido à onda de violência que eclodiu na semana passada em Mianmar, informou nesta quinta-feira o ministro da Segurança e Fronteiras, o coronel Htein Lin.

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Pelo menos 31.890 desalojados foram recebidos em 37 campos de refugiados no estado de Rakhine, onde foi decretado no domingo estado de emergência, acrescentou.

Na capital do estado, Sittwe, 18.890 muçulmanos e 5.600 membros da minoria étnica Rakhine, majoritariamente budista, deixaram suas casas, afirmou o ministro birmanês.

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No entanto, nesta quinta-feira "a situação está sob controle. A paz e a segurança foram restauradas", acrescentou.

Segundo o coronel Lin, 29 pessoas morreram na região desde sexta-feira passada por causa da violência, sendo 16 muçulmanos e 13 rakhines.

Esse registro não inclui os 10 muçulmanos linchados em 3 de junho por uma multidão de budistas que vingou o estupro de uma mulher de sua comunidade.

Enquanto isso, a vizinha Bangladesh se negou nesta quinta-feira a abrir suas fronteiras para os muçulmanos rohingyas, que tentam escapar da violência religiosa em Mianmar, apesar dos apelos nesse sentido feitos por diferentes organizações de defesa dos direitos Humanos.

Pelo menos 17 embarcações com cerca de 700 mulçumanos rohingyas foram interceptadas no Rio Naf, que separa os dois países.

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"Nossa posição sobre a questão dos refugiados birmaneses é a mesma", disse à AFP o porta-voz do Ministério das Relações Exetriores, Masud Magmood.