Mais de 400 pessoas estão desaparecidas no leste da Líbia desde que se iniciou o levante contra Muammar Gaddafi há seis semanas, e teme-se que muitas delas estejam mortas ou capturadas por forças do governo, disseram autoridades de direitos humanos.
Parentes colaram cartazes nas paredes dos saguões de hospitais com fotos de jovens desaparecidos e números de telefone para receber informações.
Ahmed Mahdy Hussein, que está desaparecido desde 20 de fevereiro, é um dos nomes listados no hospital Al Jala, em Benghazi. Saleh Ukel Hussein, nascido em 1976, é outro, desaparecido na mesma data.
Mais de 120 cartazes adornam os muros e o portão de entrada do hospital. Pelo menos quatro exibem homens em uniforme militar.
Ativistas de direitos humanos afirmam que o número ainda inclui quatro médicos líbios e três jornalistas. Mas a maioria é de desempregados que uniram-se ao exército de voluntários rebeldes como combatentes ou apoiadores.
Outros teriam sido levados pelas força de segurança de Gaddafi, segundo relatos.
No escritório do Crescente Vermelho da Líbia em Benghazi, o coordenador de vestígios Omar Budabous e sua equipe de cerca de 10 voluntários vêm compilando listas, entrevistando parentes e visitando hospitais na cidade e em Ajdabiyah, localizada no sul e que mudou de mãos algumas vezes durante o conflito.
"As pessoas vêm aqui todos os dias para fazer um relato", disse ele à Reuters.
Ele listou 353 desaparecidos de Benghazi e cercanias, 17 de Ajdabiyah, 21 de Al-Bayda, pequena cidade no nordeste, e 22 do vilarejo de Tikra.
"A maioria são civis. Alguns foram para a frente de batalha com os rebeldes e não houve mais notícias. Alguns foram capturados", afirmou.
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