Dois aviões Hércules C-130, com equipamentos para montar um hospital de campanha, medicamentos e pelo menos 50 profissionais, entre médicos, dentistas, enfermeiros e paramédicos, devem decolar na noite desta quinta-feira (14) da Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, com destino ao Haiti. Uma terceira aeronave está sendo preparada de última hora e pode decolar também ainda esta noite.
A finalidade é que a equipe permaneça no local por pelo menos três semanas para atender os sobreviventes do terremoto de 7 graus na escala Richter que abalou o Haiti na terça-feira (12) e deixou milhares de mortos.
"Nossa plano é ficar esse tempo, mas pode estender, com mais suprimento, se houver necessidades", afirmou o brigadeiro-médico José Maria Lins Calheiros, que já participou de outras missões para socorrer vítimas de terremotos, como no México e em El Salvador.
Ele acredita que as equipes tenham capacidade para atender de 400 a 500 pessoas. Experiente, o oficial médico sabe que encontrará pela frente uma situação difícil. "Parece que o cenário é pior do que já vimos em outras tragédias. Vamos encontrar o caos", disse.
Um avião levará a equipe médica e outro, com 12 toneladas de equipamentos, foi carregado com macas, aparelhos de Raio X, geradores e pelo menos 34 módulos para montar o hospital de campanha. O terceiro levará um centro de produção de alimentos. As aeronaves seguem para Boavista e depois para Porto Príncipe.
O brigadeiro afirmou ainda que pretendem manter uma espécie de ponte-aérea para revezar as equipes e repor o suprimento de materiais. "Nosso objetivo é salvar vidas", concluiu.
Gabinete de crise
Segundo nota do gabinete de crise criado para coordenar a ajuda humanitária do Brasil ao Haiti, novas necessidades de atendimento às vítimas serão definidas no retorno da equipe do governo federal enviada no avião com o ministro da Defesa, Nelson Jobim.
O gabinete de crise foi criado na quarta-feira (13) para coordenar as ações humanitárias ao Haiti e é comandado pelo Gabinete de Segurança Institucional.
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