Um estudante morreu na cidade de San Cristóbal, no estado do Táchira, na Venezuela, após ser atingido por uma bala nos protestos que estão ocorrendo no país há quase um mês contra o governo de Nicolás Maduro, informou nesta terça-feira (11) autoridades da região.

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"Confirmado o lamentável falecimento do estudante Daniel Tinoco [da Universidade Nacional Experimental de Táchira], que foi atingido por uma bala na avenida Carabobo", informou o prefeito de San Cristóbal, Daniel Ceballos, em sua conta no Twitter.

O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, também informou sobre o fato ao escrever nesta terça (11) em sua conta no Twitter: "Nos informam que ontem [segunda, 10] à noite foi assassinado outro estudante, Daniel Tinoco, em nossa amada Táchira, paz a sua alma! Solidariedade a sua família".

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O jornal Últimas Noticias publicou a versão do vereador de San Cristóbal José García, segundo o qual um grupo de motoristas disparou contra estudantes que faziam uma vigília em uma rua onde há um mês ocorrem protestos, matando Tinoco.

A Venezuela enfrenta há um mês um clima de protestos que aprofundaram a polarização da sociedade local e que em alguns casos se tornaram violentos, com um saldo de pelo menos 22 mortos, segundo o jornal El Universal, e centenas de feridos.

O governo coloca a culpa pelas mortes nos grupos de oposição. "O que querem são mortos...Esse é o motivo no fundo: mortos para provocar a intervenção na Venezuela", disse o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, o segundo homem em importância no partido governista.

Protesto convocado

Estudantes opositores venezuelanos convocaram uma nova marcha para quarta-feira (12), quando se completará um mês da manifestação que gerou uma onda de protestos contra o governo. "O movimento estudantil faz um chamado para o dia 12 de março, a um mês do Dia da Juventude e no Dia da Bandeira para concentrar toda Venezuela na Praça Venezuela. E ali marcharemos até a Defensoria Pública", disse hoje o porta-voz da Universidade Católica Andrés Bello (Ucab), Carlos Vargas.

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Críticos do governo venezuelano responsabilizam a gestão de Nicolás Maduro pela alta inflação, a escassez de produtos básicos e o aumento da criminalidade. A meta dos protestos, dizem, é fazer com que seja convocado um referendo que possa revogar o mandato do presidente, algo que a Constituição só permite em 2016.

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