Mais de 10 mil pessoas participaram neste sábado da primeira manifestação pública realizada em meses no Bahrein. O líder do principal partido xiita do país, xeque Ali Salman, pediu a seus partidários que avancem com os protestos por mais direitos políticos após a violenta repressão das forças de segurança. O evento mostra mensagens duplas no país afetado por manifestações que acontecem desde fevereiro, quando manifestantes tomaram as ruas, inspirados por movimentos semelhantes no Egito e na Tunísia.

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A monarquia sunita que governa o Bahrein permitiu a realização da manifestação, numa tentativa de aliviar as tensões e abrir o diálogo com grupos xiitas. Para as forças opositoras, o ato é uma chance de expressar suas exigências e mostrar determinação, após ter enfrentado a violenta repressão do governo, que tem o apoio do Ocidente, e implementou um estado de emergência, levantado no início do mês.

"Com nosso sangue e nossa alma, nos sacrificamos pelo Bahrein", gritava a multidão, que também bradou "somos os vencedores", quando as forças de segurança se mantiveram afastadas na área de maioria xiita no noroeste da capital, Manama. Helicópteros da polícia sobrevoavam o local, mas nenhum confronto foi registrado. Pelo menos 31 pessoas morreram durante as manifestações desde fevereiro. Durante o ato deste sábado, os manifestantes fizeram um minuto de silêncio em memória das vítimas. As informações são da Associated Press.

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