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Uma maioria de 53 dos 78 manifestantes do movimento Occupy Wall Street detidos em setembro rejeitou nesta quinta-feira uma oferta da procuradoria de Nova York para que retirem as acusações feitas em troca de seis meses livres de futuras detenções.

Segundo confirmou à Agência Efe um de seus advogados, Martin Stolar, nove manifestantes aceitaram o acordo, enquanto outros 14 não se apresentaram ao Tribunal Criminal de Manhattan. As duas pessoas presas por engano, dentre elas uma jornalista, foram soltas, enquanto os 53 que negaram o acordo irão a julgamento em janeiro.

Stolar afirmou que as acusações deveriam ser retiradas sem pacto envolvido, pois a ambiguidade na atuação policial foi o que motivou as detenções de 24 de setembro. Os participantes do protesto foram presos enquanto marchavam pela praça Union Square por desacato à autoridade e obstrução do tráfego, apesar de, segundo o advogado, terem permissão para estar ali.

A procuradoria de Manhattan disse em comunicado que respeita o direito dos cidadãos à liberdade de expressão garantida pela Primeira Emenda da Constituição, mas lembra que eles também devem velar pelo cumprimento da lei.

"Estamos comprometidos a revisar o processo caso por caso e uma disposição que encontre um equilíbrio entre os interesses de todas as partes envolvidas", destacou o escritório do procurador-geral do distrito de Manhattan, Cyrus Vance.

Nesta quinta-feira, o movimento Occupy Wall Street realizou no Zucotti Park - onde estão acampados desde 17 de setembro - um julgamento popular contra o banco Goldman Sachs, segundo eles o "maior responsável pela fraude econômica e corrupção nos Estados Unidos".

Cerca de 300 ativistas marcharam até a sede da entidade financeira no sul de Manhattan para entregar uma cópia do veredicto e pedir que o executivo-chefe da entidade, Lloyd Blankfein, seja preso. A Polícia deteve 16 deles em frente ao prédio, segundo um porta-voz policial.

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, criticou os ativistas por fazer justiça por conta própria, depois que um manifestante foi acusado na quarta-feira de assediar uma jovem dentro de uma loja. "Se isso realmente está acontecendo, é desprezível", disse o prefeito.

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