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Ao menos 34 policiais ficaram feridos, dois deles em estado grave, em um confronto com grupos de vândalos na localidade de Grigny, ao sul de Paris, enquanto que 1.408 veículos foram incendiados e 395 pessoas foram detidas na décima primeira noite de violência urbana que sofre a França.

O último balanço policial, mostra um recrudescimento da violência usada nesta nova modalidade de guerrilha urbana, que agora usa armas de fogo contra a polícia.

Em Grigny, ao sul da capital francesa, 34 policiais ficaram feridos por disparos e dois deles foram hospitalizados com ferimentos graves, indicaram fontes policiais.

O ministro do Interior da França, Nicolas Sarkozy, visitou os dois feridos no hospital e se reuniu com outros agentes antidistúrbios.

Em outro bairro da periferia de Paris, uma criança de 13 meses foi hospitalizada ao ser atingida por pedras lançadas contra um ônibus.

Três escolas foram incendiadas nas cercanias de Paris, enquanto que em Saint Etienne, no sudeste da França, atearam fogo em um jardim-de-infância.

No bairro de Mirail, na periferia de Toulouse, no sul da França, onde à tarde já haviam sido queimados ao menos meia dezena de veículos, dezenas de agitadores lançaram diversos tipos de objetos contra as forças da ordem, que responderam com gases lacrimogêneos.

Os jovens violentos também tentaram destruir uma estação de metrô em Mirail com um vagão incendiado.

Em Corbeil-Essones, também na periferia sul de Paris, dezenas de jovens encapuzados tentaram lançar de uma passagem elevada um carro contra um ônibus de agentes antidistúrbios.

Cerca de dez carros tinham sido carbonizados no início da noite nas duas grandes cidades de Normandia, no noroeste da França, Ruan e Le Havre, onde as forças da ordem fizeram várias detenções.

Também havia notícia de outros incidentes com incêndios de veículos em cidades como Nantes (oeste), Rennes (noroeste) e Orleans (centro).

Antes de anoitecer, em Saint-Etienne, um ônibus tinha sido incendiado, e tanto o motorista como uma passageira sofreram queimaduras leves. E, em Roanne, oito caminhões foram queimados.

No norte, cerca de 48 carros tinham sido incendiados antes das 23h (20h de Brasília), e houve lançamento de coquetéis molotov contra uma instalação da polícia.

A noite do sábado para domingo tinha terminado com cerca de 1.300 veículos incendiados, aos quais se somaram comércios, escolas, oficinas industriais, ginásios e outras instalações públicas arrasados. Quase 350 pessoas tinham sido detidas, que se somavam às mais de 500 dos dias anteriores.

A onda de protestos foi iniciada depois que dois jovens morreram eletrocutados quando fugiam da polícia em um subúrbio da capital francesa. A violência partiu dos arredores de Paris e atingiu outras cidades da França, com milhares de veículos e construções incendiados.

Os episódios de violência surgiram na noite de domingo poucas horas depois de o presidente do país, Jacques Chirac, dizer que restabelecer a segurança e a ordem pública eram a prioridade absoluta do governo no momento.

Jovens revoltados têm expressado com vandalismo a sua frustração com uma sociedade da qual eles se sentem excluídos.

O primeiro-ministro Dominique de Villepin disse que anunciaria seus planos para os subúrbios pobres na segunda-feira, em rede nacional de televisão.

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