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LHC

Máquina do "Big Bang" só voltará a operar no segundo trimestre de 2009

O grande colisor de partículas construído para simular as condições do Big Bang não será reativado antes do segundo trimestre de 2009, depois de um defeito no final de semana, anunciou o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), na terça-feira.

Um vazamento de hélio no túnel que abriga a maior e mais complexa máquina já construída forçou o Cern a fechar o Grande Colisor de Hádrons (LHC) no sábado (20), depois de apenas 10 dias de operação.

O diretor-geral do Cern, Robert Aymar, disse que o problema era um revés psicológico, depois do início bem sucedido das operações do LHC, ao cabo de anos de cuidadosa preparação por equipes científicas da mais alta capacidade. "Não tenho dúvida de que superaremos esse revés com aplicação e rigor semelhantes", ele afirmou em comunicado.

A causa mais provável do vazamento de hélio para o túnel de 27 quilômetros que aloja o LHC, sob a fronteira franco-suíça, é uma conexão elétrica defeituosa entre dois dos grandes ímãs do acelerador, informou o Cern.

Inquérito

Para compreender o incidente de forma mais completa, os cientistas agora precisam elevar a temperatura naquelas seções do túnel de volta à temperatura ambiente, ante os atuais 271,3 graus Celsius negativos, e abrir os ímãs para inspeção, um processo que pode demorar entre três e quatro semanas.

O estudo do defeito e os reparos, seguidos pela pausa para manutenção do Cern no inverno europeu, retardarão o reinício das operações do LHC até o começo do segundo trimestre de 2009.

O Cern retomará então o envio de feixes de partículas pelo túnel, como vinha fazendo com sucesso desde o início das operações, em 10 de setembro. O próximo passo é promover colisões entre feixes que viajam em direções opostas, a velocidades próximas à da luz.

Seria uma tentativa de recriar em escala reduzida o calor e o nível de energia do Big Bang, a explosão que os cosmologistas em geral vêem como origem de nosso Universo em expansão.

Em plena velocidade, o LHC gerará 600 milhões de colisões por segundo entre partículas subatômicas chamadas prótons, que explodirão em novas partículas até agora não observadas.

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