- Foragida francesa estaria na Turquia durante atentado ao "Charlie Hebdo"
- Em vídeo, sequestrador de Paris diz ser do Estado Islâmico
- Judeus mortos no ataque de Paris serão enterrados em Israel
- Muçulmano salvou clientes em mercado judaico atacado na França
- Manifestantes em Buenos Aires condenam ataques terroristas na França
- Merkel ameaça desistir de cúpula se Rússia e Ucrânia não cumprirem acordo de paz
- Cohn-Bendit diz que os que cantam a Marselhesa 'não entenderam nada'
- Contra o terrorismo, UE propõe controle das fronteiras e da internet
- Em represália a ataques, Anonymous hackeia site jihadista francês
- Após críticas por ausência de Obama em Paris, Kerry anuncia visita à França
- França mobiliza dez mil membros das forças de segurança após ataques terroristas
Ao menos 3,7 milhões de pessoas marcharam na França neste domingo para homenagear as vítimas dos atentados da semana passada, informou o Ministério do Interior. Um porta-voz do ministério disse que de 1,2 milhão a 1,6 milhão de pessoas marcharam em Paris e cerca de 2,5 milhões de pessoas em outras cidades em todo o país.
O ministério disse que foi a maior manifestação popular já registrada no país. Bernard Cazeneuve declarou que o evento é algo "sem precedentes". Os manifestantes eram tantos e se espalharam de tal forma, que se tornou impossível contar quantas pessoas participaram, afirmou Cazeneuve.
O número é maior do que a quantidade de pessoas que tomou as ruas de Paris depois que os Aliados libertaram a cidade dos Nazistas na Segunda Guerra Mundial. "É um mundo diferente hoje, disse o parisiense Michel Thiebault, de 70 anos. Ele esteve na multidão que exaltava policiais que passavam em meio aos manifestantes em suas vans, algo incomum nos frequentes protestos na França, nos quais policiais e manifestantes normalmente se opõem.
De braços dados, mais de 40 líderes mundiais lideraram a quieta procissão, deixando diferenças de lado em uma manifestação que, nas palavras do presidente francês, François Hollande, fez de Paris "a capital do mundo".
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ficou ao lado do presidente palestino Mahmoud Abbas. Também marcharam o presidente ucraniano Petro Poroshenko e o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
Os ataques ao jornal satírico Charlie Hebdo, a um supermercado e contra um policial marcaram um ponto de virada para a França que alguns compararam ao efeito que teve, para os Estados Unidos, os ataques de 11 de Setembro de 2001.
"Nosso país vai se levantar ainda melhor", disse Hollande.
Manifestações pelo mundo
Em diversas cidades do mundo, pessoas se reuniram para homenagear as 17 vítimas que morreram durante os três dias de ataques em Paris e para apoiar a liberdade de expressão.
Em Berlim, 18 mil pessoas se encontraram em frente à embaixada da França, ao lado do Portão de Brandemburgo. Muitos trouxeram flores ou lápis e carregavam cartazes dizendo "Je suis Charlie" (Eu sou Charlie) ou "Je suis Juif" (Eu sou judeu).
Em Londres, cartões postais como a London Eye foram iluminados de vermelho, branco e azul, as cores da bandeira francesa. Mais de mil pessoas se reuniram na Trafalgar Square, no centro da cidade.
Milhares também foram as ruas em Roma. Os italianos levaram velas e lápis para a frente da embaixada francesa. Em Bruxelas, mais de 20 mil marcharam pelo centro da cidade e, em Viena, a contagem chegou a 12 mil pessoas. Já em Madri, centenas de muçulmanos protestaram com faixas que diziam "não em nosso nome".
Houve registros de manifestações também em Moscou, Istambul e várias cidades fora da Europa. Em Montreal, Beirute, Jerusalém, Ramallah, Cidade de Gaza, Sydney, Tóquio e Nova York, as pessoas também foram às ruas.