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Helmand

Marines e tropas locais lançam ofensiva no Afeganistão

Cerca de 400 marines dos EUA e cem soldados afegãos chegaram de helicóptero na quarta-feira às montanhas da província de Helmand, no Afeganistão, como parte de uma operação destinada a ocupar áreas em poder do Taleban antes das eleições de 20 de agosto.

Bryan Whitman, porta-voz do Pentágono, disse a jornalistas em Washington que a força, parte de uma Brigada Expedicionária de 10 mil soldados enviada pelos marines a Helmand, está "envolvida em um combate, estão enfrentando alguma resistência". Ele afirmou que não há relatos de baixas militares.

Os combates em Helmand coincidem com um incidente que feriu dois jornalistas da Associated Press que acompanhavam uma unidade militar dos EUA na noite de terça-feira perto de Kandahar.

Uma bomba que explodiu num acostamento feriu o fotógrafo espanhol Emilio Morenatti, de 40 anos, que teve um pé amputado, e o cinegrafista indonésio Andi Jatmiko, de 44, segundo a AP.

Entre 1992 e 2008, 18 jornalistas morreram no Afeganistão, fazendo do país o 11. mais perigoso do mundo para o exercício do jornalismo, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas.

Dezenas de jornalistas já chegaram ao Afeganistão para cobrir as eleições presidenciais. Os militantes do Taleban prometem perturbar o pleito, e a ONU diz que a violência pode afastar muitos afegãos das urnas.

A ofensiva em Nawzad, um distrito a nordeste de Helmand, foi uma tentativa de assegurar que "os afegãos terão liberdade de movimento para conseguir ir às seções eleitorais e depositarem seu voto, e fazê-lo de maneira segura e desimpedida", disse Whitman.

A Brigada dos marines é o maior elemento de uma série de reforços enviados neste ano ao Afeganistão pelo presidente Barack Obama, num esforço para superar o impasse militar apontado por comandantes, após oito anos de ocupação norte-americana.

Helmand é o foco das operações dos EUA e da Otan desde que forças britânicas e norte-americanas lançaram suas maiores operações na guerra, no ano passado. A região é a mais violenta província afegã, e produz a maior parte do ópio mundial.

O período iniciado no começo de julho é o mais letal desta guerra para as tropas dos EUA e seus aliados. Mais de cem soldados morreram desde então.

Desde março, mais soldados ocidentais morreram no Afeganistão do que em todo o período de 2001-2004. No caso das tropas britânicas, as atuais operações infligem as mais pesadas baixas militares para o país em uma geração.

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