O candidato republicano à Casa Branca, John McCain, confirmou que vai participar do debate desta sexta-feira (26) em Mississippi contra seu rival democrata, Barack Obama. A informação foi divulgada pelo assessor Brian Rogers.
O republicano havia pedido na quarta-feira que o debate fosse cancelado para que os rivais ajudassem a tentar um acordo para resgatar a economia norte-americana em crise. Obama não concordou com o adiamento.
Na quinta-feira, os dois candidatos foram a Washington ajudar a tentar a negociação do pacote proposto por Bush, que enfrenta dificuldades para passar no Congresso.
Segundo Rogers, McCain acredita que as negociações em Washington tiveram "avanço significativo", o que permite que ele vá a Oxford, Mississippi, para o primeiro debate televisionado desta campanha. Depois, o republicano deve voltar às negociações, disse o assessor.
Enquanto isso, os preparativos para o primeiro debate seguem no Mississipi. Grande parte dos três mil jornalistas esperados para cobrir o confronto já se encontra na região.
As campanhas antecipam que a crise econômica no país vai mesmo vir à tona no encontro, embora insistam que os pontos fortes da noite serão a política externa e a segurança nacional.
"Ouviremos falar muito do impacto desta crise financeira global na segurança nacional dos Estados Unidos", declarou à Efe Dennis McDonough, assessor de Obama em política externa.
"Evidentemente, os EUA não podem ser a potência internacional que foram até agora sem ter uma economia forte", acrescentou.
O assessor acha que o Iraque também será outro assunto em pauta, assim como a política externa da atual Casa Branca, que McDonough insistiu em associar a McCain.
O especialista disse que a concentração de esforços no Iraque explica a piora da situação no Afeganistão, as "oportunidades perdidas com vizinhos importantes como o México" e o vazio deixado na América Latina, que permitiu o surgimento de políticos radicais como o venezuelano Hugo Chávez.
Já Kori Schake, assessora de política externa de McCain, disse que o debate vai "ressaltar as verdadeiras diferenças em política externa" entre os dois candidatos.
Segundo Schake, as três maiores diferenças têm a ver com o Iraque, o comércio exterior e o trato com aliados e inimigos.
Para a assessora, as divergências no Iraque vão além do apoio e da oposição de McCain e Obama à guerra.
"Vai além do próprio Iraque e tem a ver com como ganhar guerras e usar a força militar de forma eficaz", especificou.
Em comércio exterior, Obama tem uma postura mais protecionista que McCain, e nas relações internacionais diz estar disposto a dialogar, depois de sérios preparativos, com líderes de países como Irã e Cuba, o que McCain se recusa a fazer.
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