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Médicos e outros funcionários de saúde abandonaram o único hospital na zona de guerra do Sri Lanka em meio a uma série de ataques, afirmou um funcionário hoje. Os militares disseram que milhares de civis enfrentaram os disparos dos rebeldes para fugir da área. A equipe médica estava escondida em um bunker próximo, por causa dos disparos ininterruptos. Eles podiam ouvir o choro de centenas de pacientes que, sem condições de deixar o hospital, imploravam por comida e água, de acordo com um funcionário do setor de saúde.

A Cruz Vermelha sustenta que uma estreita faixa de terra costeira ainda controlada pelos rebeldes do Exército de Libertação dos Tigres do Tâmil Eelam (LTTE) é o palco de violência. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a Organização das Nações Unidas (ONU) pediram aos dois lados que encerrem uma guerra civil de mais de 25 anos, que deixa aproximadamente 50 mil civis presos. O número de feridos não para de crescer. Os ataques ao precário centro médico nesta semana mataram aproximadamente 100 pessoas.

Na semana passada, morreram aproximadamente mil pessoas na zona de guerra. Aproximadamente 400 feridos permaneciam no hospital nesta quinta-feira, necessitando de ajuda, ao lado de mais de cem cadáveres que ainda precisam ser enterrados. Muitos outros civis feridos fugiram, após o segundo ataque aéreo ao hospital, ontem. Os militares prosseguem com a ofensiva, enquanto aproximadamente 2.400 civis fogem através de uma laguna que serve de barreira entre as forças do governo e os rebeldes. A maioria dos civis escapou, mas quatro morreram e 14 se feriram, segundo um porta-voz militar. Outros 2 mil civis ainda esperam para cruzar a área, segundo o porta-voz.

O LTTE nega as acusações de que impeça a saída dos civis, usando-os como escudos humanos, e atire nos que tentam fugir. O governo encurralou o grupo, que desde 1983 luta por um território independente para a minoria tâmil, marginalizada pela maioria cingalesa no país.

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