Os ministros do Interior dos países integrantes do Mercosul expressaram nesta sexta-feira solidariedade com a Bolívia pela presença em seu território de um suposto grupo ligado a atividades terroristas recentemente desmantelado.
O governo do presidente Evo Morales disse que o grupo descoberto no distrito de Santa Cruz teria intenções de assassinar o presidente e desatar uma guerra separatista.
"Recebemos o relatório do ministro de Governo da Bolívia sobre a desarticulação de uma organização criminosa que aparentemente teria objetivo de impulsionar ações terroristas", disse o ministro do Interior do Paraguai, Rafael Filizzola, em encontro com seus colegas do bloco.
"(Expressamos) nossa solidariedade com a República irmã da Bolívia e, sobretudo, compartilhamos a preocupação do governo boliviano", acrescentou o funcionário ao final da reunião realizada em Assunção.
O Mercosul é composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A Venezuela se encontra em processo de adesão como membro pleno e a Bolívia é um país associado.
Filizzola disse que o governo boliviano se comprometeu a apresentar um relatório sobre os avanços das investigações judiciais.
"Vamos esperar esse relatório com muito interesse, com a preocupação que compartilhamos e de uma perspectiva de solidariedade que temos que demonstrar sempre com países irmãos", acrescentou.
O grupo desmantelado em abril era liderado por Eduardo Rozsa Flores, de nacionalidades boliviana, húngara e croata, morto a tiros junto com um irlandês e um romano-húngaro em uma operação policial que deteve um húngaro-croata e um ex-militar boliviano.
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