As eleições no município mexicano de Tixtla, onde está a escola rural na qual estudavam os 43 jovens que desapareceram em 2014, foram oficialmente canceladas devido ao boicote promovido na cidade, informou neste domingo (7) a autoridade eleitoral do estado de Guerrero.
O material eleitoral de 14 das 54 mesas de votação instaladas no município foi destruído por pessoas que se mobilizaram para impedir a realização do pleito. Fontes do Instituto Eleitoral e de Participação Cidadã de Guerrero disseram à Agência Efe que uma eleição extraordinária será marcada para o dia 4 de outubro.
Pais e amigos dos 43 estudantes desaparecidos da Escola Normal Rural de Ayotzinapa, que está em Tixtla, se reuniram no início da manhã de domingo (7) para visitar os locais de votação e pedir aos servidores eleitorais que lhes entregassem as urnas.
Na maior parte dos casos, os presidentes das sessões entregaram os equipamentos sem oferecer resistência, obedecendo às instruções do Instituto Nacional Eleitoral (INE) em caso de conflito. O material foi queimado em uma grande fogueira.
Mas houve registro de alguns incidentes. Mesários e cidadãos que tentaram defender as urnas acabaram agredidos por estudantes que chegavam armados com paus.
Muitos se queixaram que os policiais não evitaram a destruição das urnas.
83 milhões
de mexicanos deveriam escolher no domingo (7) os representantes de 2.016 cargos, incluindo 500 deputados do Congresso Federal e os governadores de nove estados.
Oaxaca
Professores em greve também saquearam e queimaram várias urnas na cidade de Oaxaca, no sul do México, em uma ação de boicote às eleições realizadas no país organizada pela Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE).
Os incidentes foram registrados em pelo menos quatro seções eleitorais de Oaxaca. Além disso, um grupo de encapuzados destruiu, usando paus e pedras, várias câmeras de vigilância instaladas no centro da cidade.
Para os professores, o ato foi uma “queima simbólica” que representa o boicote ao pleito que consideram como uma “farsa”, afirmaram os líderes sindicais.
O roubo das urnas ocorreu durante uma grande manifestação de professores iniciada na manhã de domingo em Oaxaca, capital do estado de mesmo nome, que terminou na praça central da cidade.
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