Brasília e San Fernando, México - Dos 72 corpos encontrados pela Marinha mexicana, 28 passaram por necropsia no primeiro dia de exames, mas até ontem à noite ainda não havia informações sobre os quatro brasileiros que estariam entre os mortos. As informações são do Itamaraty, que manteve contato com o cônsul do Brasil no México.
A Procuradoria do México decidiu manter os corpos no local do crime, em vez de transportá-los à capital do estado, Ciudad Victoria, para que os peritos do ministério público possam agilizar as investigações e, ao mesmo tempo, fazer as autópsias.
Segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, a equipe de legistas no local é pequena e a avaliação de cada corpo leva, em média, duas horas. O cônsul-geral do Brasil no México, Márcio Lage, e o vice-cônsul, João Zaidan, chegaram ao local ontem, ao lado de diplomatas de El Salvador, Honduras e Equador.
Na quarta-feira, a Marinha mexicana encontrou 72 corpos ao menos quatro de brasileiros em uma fazenda perto da cidade de San Fernando, no estado de Tamaulipas, norte do México e perto da fronteira com os Estados Unidos.
Um jovem identificado como Freddy Lala Pomavilla teria sobrevivido ao massacre fingindo-se de morto. Ferido com um tiro na garganta, ele chegou a um posto da Marinha mexicana e contou às autoridades sobre o massacre de imigrantes brasileiros e equatorianos. Ele disse ser um imigrante ilegal vindo do Equador.
Freddy relatou que os estrangeiros foram sequestrados por um grupo criminoso, quando tentavam chegar à fronteira com os EUA. Os homens disseram pertencer ao grupo Los Zetas, e ofereceram trabalho como matadores de aluguel por US$ 1.000 quinzenais. Quando os imigrantes recusaram a oferta, os criminosos começaram a atirar.
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