A Polícia Federal do México demitiu quase 10% da sua força neste ano porque os agentes foram pegos pelo detector de mentiras e outros métodos de verificação para descobrir possíveis casos de corrupção, disse hoje o governo mexicano.

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Os cerca de 35 mil policiais federais mexicanos precisam se submeter periodicamente ao detector de mentiras ou a outros equipamentos, além de exames psicológicos e testes para verificar o uso de drogas. Além disso, rotineiramente o governo mexicano pesquisa a vida financeira e pessoal dos agentes.

O comissário da Polícia Federal do México, Facundo Rosas, disse que 3.200 funcionários foram demitidos neste ano por não cumprirem com os padrões da agência. Ele não deu mais detalhes sobre as demissões. Os agentes demitidos são vetados em empregos públicos de qualquer outra organização de segurança. Outros 1.020 agentes da polícia estão enfrentando medidas disciplinares não especificadas.

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A corrupção policial em todos os níveis é ampla no México, que tenta intensificar o combate aos brutais cartéis do narcotráfico. Frequentemente, policiais têm se envolvido com os criminosos, inclusive no assassinato de um prefeito há duas semanas. O prefeito havia disciplinado policiais locais na cidade nortista de Santiago. Os investigadores disseram que policiais locais, alinhados ao cartel Los Zetas, mataram o prefeito em retaliação.

Ontem, atiradores mataram o prefeito de Hidalgo, uma cidade próxima ao local onde 72 imigrantes clandestinos foram mortos na semana passada. Duas semanas antes, o prefeito de Santiago, no Estado vizinho de Nuevo León, foi assassinado, supostamente por policiais ligados aos Los Zetas.