Michelle Bachelet foi eleita neste domingo (15) presidente do Chile. Ex-mandatária do país entre 2006 e 2010, a candidata da coalizão oposicionista Nova Maioria voltou ao poder ao bater a governista Evelyn Matthei no segundo turno do pleito, marcado pelo baixo comparecimento dos eleitores.
Segundo o Conselho Diretor do Serviço Eleitoral (Servel), às 18h56 no horário local, 19h56 em Brasília, com 63,85% das urnas apuradas, Bachelet liderava a apuração com pouco mais de 2,1 milhões de votos, ou 62,54%, contra 1,27 milhão, ou 37,45%, de Matthei.
Diante disso, a candidata da situação reconheceu a derrota. "Ela (Bachelet) ganhou e depois vou visitá-la", disse Matthei.
Carlos Larraín, líder da Renovação Nacional, declarou que a elevada abstenção registrada nas eleições deste domingo não diminuem a validade da vitória da ex-presidente chilena.
Já Patrício Melero, presidente a União Democrata Independente, também reconheceu a legitimidade do resultado, mas acrescentou que a baixa participação deve ser levada em conta por Bachelet na hora de aplicar seu programa de governo.
A alta abstenção "é expressão de um país que não sente muita necessidade de respaldar ou se opor a algo, que está, em termos gerais, bastante de acordo com o país que tem", afirmou Melero, que advertiu que é preciso ser cuidadoso" com os questionamentos à legitimidade de nosso sistema democrático".
"Perdemos. A alta abstenção não tira a legitimidade do triunfo de Bachelet", comentou a senadora Lily Pérez, porta-voz da candidata da direita Evelyn Matthei.
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