Pelo menos 150 mil georgianos demonstraram apoio em uma manifestação ao presidente do país, Mikheil Saakashvili, nesta terça-feira (12), enquanto o líder prometia punir a Rússia algum dia por ter lançado o maior ataque militar contra a Geórgia desde que esta se tornou independente de seu gigantesco vizinho.
A Rússia culpa Saakashvili pelo início do conflito em torno da região separatista da Ossétia do Sul, no dia 7 de agosto. Mas não há sinais de qualquer racha interno na Geórgia, onde até mesmo a oposição, que geralmente crítica o governo, deu apoio total ao presidente.
As pessoas aglomeraram-se nas ruas da capital Tbilisi para ver o presidente. Ao lado de guarda-costas, Saakashvili chegou cerca de uma hora depois do início do evento, sendo recebido com aplausos e gritos.
"Eu prometo a vocês hoje (terça) que vou lembrá-los de tudo o que fizeram. E um dia nós vamos vencer", disse Saakashvili.
A multidão respondeu gritando: "Geórgia! Geórgia!"
Os que discursaram na manifestação realizaram pronunciamentos indignados e criticaram as ações agressivas da Rússia, enquanto a multidão agitava bandeiras georgianas e cartazes nos quais o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, aparecia retratado como um terrorista.
Um cartaz com a foto de Putin exibia a seguinte frase: "Procurado por crimes contra a humanidade e contra o mundo".
A Geórgia disse ter entrado com uma ação contra a Rússia na Corte Internacional de Justiça acusando-a de realizar operações de limpeza étnica, disse na terça-feira o secretário do Conselho de Segurança do governo georgiano.
A multidão reunida nesta terça-feira apresentava uma variada mistura de aposentados, empresários, estudantes e jovens reservistas, entre outros, pessoas essas que haviam defendido a luta contra os separatistas e os russos aliados deles.
Uma mulher de idade apoiava-se contra uma grade e chorava. Uma jovem usando a camiseta da seleção de futebol da Geórgia agitava uma bandeira do país.
Algumas pessoas disseram nunca ter estado em um comício político antes e que haviam se reunido diante do Parlamento georgiano para dar apoio à Geórgia e a seu líder.
"Somos uma nação unida. Todos estão dando apoio a Saakashvili. Ele defendeu o nosso país", afirmou Arteym Oganeyzov, 28 anos.
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