Milhares de pessoas protestaram nesta sexta-feira (23) na Praça Tahrir, no Cairo, para denunciar a violência dos militares, em particular contra as mulheres, que na última semana deixou 17 mortos.
A manifestação, sob o lema "Sexta-feira da Restauração da Honra", também exigiu prisão e julgamento para os responsáveis pela violência.
Milhares de manifestantes também protestaram em Alexandria e Suez (norte) para exigir dos militares a entrega do poder aos civis.
"As mulheres são a linha vermelha", gritavam os manifestantes na Praça Tahrir, em meio a palavras de ordem contra o marechal Husein Tantaui, chefe do Conselho Supremo das Forças Armadas.
O xeque Hisham Atiya, que dirigiu as orações da tarde na Praça Tahrir, pediu a criação de uma comissão independente para investigar a violência e o início de ações legais contra os responsáveis pela repressão.
Como nos protestos precedentes, os manifestantes exigiram também o fim do regime militar, atacando especialmente o marechal Tantaui.
Uma contramanifestação de partidários do Conselho Supremo das Forças Armadas, que governa o Egito desde a queda do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro passado, reuniu milhares de pessoas no bairro de Abasiya, a poucos quilômetros da Praça Tahrir.
Os manifestantes em Abasiya exibiram fotos dos principais generais e bandeiras egípcias para pedir a "queda de Tahrir", o epicentro dos protestos contra os militares.
Os recentes confrontos entre manifestantes e as forças de segurança no Egito deixaram 17 mortos e foram os distúrbios mais graves desde os enfrentamentos que mataram 42 pessoas, principalmente no Cairo, dias antes das eleições legislativas de 28 de novembro.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo