Milhares de manifestantes reuniram-se em um parque de Miami no domingo exigindo a prisão do guarda voluntário que atirou e matou um adolescente negro desarmado na região central da Flórida, há um mês.
Líderes de direitos civis se juntaram a políticos locais, pastores e os pais de Trayvon Martin, que fizeram sua primeira grande aparição pública na cidade desde o mês passado.
Os protestos de domingo vieram um dia após uma das maiores manifestações em Sanford, cidade em que Martin foi morto, na região central da Flórida.
Uma multidão de cerca de 5.000 pessoas reuniu-se em um anfiteatro, com um pôster "Justiça para Trayvon" exibido no palco, para ouvir discursos dos líderes de direitos civis reverendo Al Sharpton e Jesse Jackson, bem como os pais de Martin. Os cantores Chaka Khan e Betty Wright também compareceram ao evento.
Sharpton foi aplaudido de pé quando pediu a prisão de George Zimmerman, o vigia voluntário de 28 anos que matou Martin com uma pistola semi-automática.
"Eu não vim à Flórida... para condenar Zimmerman. Eu não vim julgar Zimmerman", disse após questionar porquê a polícia não foi capaz de determinar uma causa provável para a morte e deixou para a Justiça decidir se foi cometido algum crime.
"Eu vim dizer, o que é bom para um, é bom para todos. Zimmerman, diga isso ao juiz", acrescentou. "Não podemos viver em uma nação onde alguns de nós são presos por causa provável, e outros são soltos porque contaram uma história improvável."
Zimmerman, um branco de origem hispânica, estava em seu carro quando notou Martin. Ele ligou para a polícia para relatar que o adolescente estava vestindo um capuz e parecia "suspeito" e o seguiu, indo contra o conselho do policial.
O vigia depois disse à polícia que estava voltando para o seu veículo quando Martin atacou-o e que ele atirou em legítima defesa depois te ter levado um soco no nariz, ser derrubado e bater a cabeça contra a calçada.
A polícia se recusou a prender Zimmerman citando uma controversa lei da Flórida que permite o uso de forças letais fora de casa quando se percebe uma ameaça.