As eleições presidenciais do Egito serão realizadas no final do ano, e o conselho militar exercerá seus poderes como chefe de Estado até a votação, informou o conselho nesta quarta-feira.
Mahmoud Shaheen, membro do Supremo Conselho das Forças Armadas, disse que o conselho militar vai ceder os poderes legislativos a um novo Parlamento depois que esse for eleito em setembro.
A eleição presidencial será realizada um ou dois meses depois da votação do Parlamento, disse ele em coletiva de imprensa, na qual anunciou o decreto constitucional que dará a base legal para o atual governo temporário.
As Forças Armadas estão no poder no Egito desde que o presidente Hosni Mubarak foi deposto por um protesto popular em 11 de fevereiro. O Exército dissolveu as câmaras alta e baixa do Parlamento e suspendeu a Constituição depois de assumir o governo.
Entre os principais candidatos à presidência, cargo mantido por Mubarak por três décadas, estão o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, e o ex-chefe da agência nuclear da ONU, Mohamed ElBaradei
O decreto constitucional incluiu emendas da antiga Constituição que foram aprovados por um referendo em 19 de março. As mudanças abrem as portas para uma votação presidencial competitiva e restabelece a supervisão nas eleições. Limitam o futuro presidente a dois mandatos de quatro anos.
O conselho militar disse na segunda-feira que a eleição parlamentar seria realizada em setembro, Uma Constituição inteiramente nova seria elaborada pela comissão jurídica formada quando o novo Parlamento for eleito.
O decreto anunciado na quarta-feira servirá como uma Constituição temporária. A comissão constitucional estará livre para descartar o decreto e começar do zero, disse Shaheen.