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Condenação

Militares da ditadura argentina pegam prisão perpétua por morte de senador

Bussi (esq.) e Benjamin foram condenados por tortura, seqüestro e homicídio qualificado | Jorge Olmos Grosso / Reuters
Bussi (esq.) e Benjamin foram condenados por tortura, seqüestro e homicídio qualificado (Foto: Jorge Olmos Grosso / Reuters)

A Justiça argentina condenou nesta quinta-feira (28) à prisão perpétua o general da reserva Antonio Bussi, governador da provincia de Tucumán durante a ditadura militar (1976-83), e seu chefe militar, o ex-general Luciano Menéndez, pelo assassinato de um senador.

Bussi, de 82 anos, e Menéndez, de 81, foram condenados julgados pelo seqüestro, tortura e homicídio qualificado do senador peronista Guillermo Vargas Aignasse, em um processo iniciado em 5 de agosto por um tribunal federal de Tucumán, no norte do país.

O senador e físico com militância universitária tinha 33 anos quando foi seqüestrado de sua casa, em Tucumán, na madrugada do golpe de Estado de 24 de março de 1976, diante de sua mulher e dos dois filhos pequenos, cujos depoimentos foram ouvidos no tribunal.

Durante o julgamente, os militares se justificaram dizendo que suas práticas no poder faziam parte de uma "guerra contra a subversão marxista". Eles também são indiciados por centenas de crimes de lesa-humanidade.

Bussi se disse um "perseguido político pelos derrotados do passado, em uma guerra justa e necessária", contra o que chamou "de agressão marxista e leninista".

Na terça-feira, a promotoria pediu "prisão perpétua em um presídio comum" para os dois réus, de modo que não possam se beneficiar da prisão domiciliar por terem mais de 70 anos.

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