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Argentina

Repressores argentinos podem ser condenados à prisão perpétua

A promotoria federal argentina pediu, nesta terça-feira (26), a prisão perpétua de dois acusados de violações aos direitos humanos na última ditadura militar do país (1976-1983). O promotor Alfredo Terraf quer a punição aos repressores Antonio Bussi e Luciano Benjamín Menéndez pelo desaparecimento do ex-senador Guillermo Vargas Aignasse.

Além disso, informou o jornal "La Nación", o promotor pediu que a prisão domiciliar de ambos seja revogada, para que eles sejam transferidos para uma penitenciária na província de Tucumán, no norte da Argentina.

Em sua acusação, Terraf disse que o seqüestro de Vargas Aignasse durante a ditadura não foi um episódio isolado, e sim parte de um "plano perverso, que queria instaurar uma tirania e uma ditadura por todos os tempos".Segundo o jornal, o julgamento de Bussi e Menéndez entrou em um pequeno recesso e retornará com as exposições finais dos advogados de defesa.

Julgamentos

A Argentina está promovendo o julgamento de diversos repressores da época ditatorial. No começo de agosto, o militar Julio Rafael Barrera foi condenado à prisão perpétua.

Segundo números oficiais, 18 mil pessoas desapareceram na Argentina na última ditadura, embora os organismos defensores dos direitos humanos elevem o número para 30 mil.

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