| Foto: Ismael Francisco/ Cubadebate/

Militares venezuelanos detiveram nesta quinta-feira (18) dois correspondentes internacionais de veículos de imprensa da Colômbia. Andreína Flores, das emissoras RCN da Colômbia e da Radio France, e Jorge Pérez Valery, do conglomerado Red Más Colombia, trabalhavam perto do palácio presidencial em Caracas quando foram abordados pelas autoridades.

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Os jornalistas, ambos venezuelanos, foram trasladados pela Direção de Inteligência Militar até as instalações do Ministério da Defesa, localizadas dentro de Fuerte Tiuna, o principal complexo militar em Caracas, informou o Sindicato Nacional de Trabalhadores de Imprensa (SNTP) em um comunicado.

“Primeiro nos detiveram em El Calvario. Depois nos levaram ao posto da GNB (Guarda Nacional Bolivariana). E agora estamos em Fuerte Tiuna”, escreveu Pérez Valery em sua conta do Twitter.

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Segundo a organização sindical, os repórteres foram detidos por supostamente estar gravando em um corredor presidencial, na área de El Calvario, perto do Palácio de Miraflores.

Em nota, o SNTP exige a imediata liberação desses trabalhadores de imprensa. O órgão responsabiliza o Ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, e o Major Antonio Benavides Torres, comandante da Guarda Nacional Bolivariana, pelo que possa acontecer aos jornalistas.

O defensor público Tarek William Saab escreveu em sua conta do Twitter que uma delegação iria a Fuerte Tiuna para verificar a situação legal dos jornalistas.

A ONG Espaço Público registrou no ano passado 286 violações à liberdade de expressão. O relatório anual da organização denuncia, sobretudo, episódios de intimidação, agressão verbal e censura. Já a organização Repórteres Sem Fronteiras situou a Venezuela no posto 137 de 180 em sua classificação mundial da liberdade de imprensa para 2015, duas posições abaixo do ano anterior.

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