Santiago - Os 33 mineiros que estão presos em uma mina no norte do Chile desde o último dia 5 de agosto se dividiram em três grupos para manter a boa convivência e evitar conflitos pelos próximos três meses que devem permanecer a 700 metros da superfície à espera do resgate.
Segundo o jornal chileno La Tercera, os mineiros decidiram por iniciativa própria se dividir nos grupos Refúgio, Rampa e 105 (referência ao nível em que estão), que cumprem escalas distintas de oito horas de trabalho, convivem e até mesmo dormem em áreas separadas. Os grupos têm ainda líderes separados: Omar Reygada, Carlos Barríos e Raúl Bustos, responsáveis por organizar a vida sob a terra.
Os grupos seguiram a afinidade dos mineiros, vindos de três empresas distintas. Muitos deles mal se conheciam e não tinham uma relação próxima. Relatos de alguns deles em cartas a familiares revelam que nem ao menos conversavam.
O chefe da equipe de psicólogos que acompanha a saúde mental dos trabalhadores, Alberto Iturra, afirmou ao jornal que todos os grupos passam por etapas de crescimento e enfrentam crises. "Compartilham opiniões e, às vezes, há diferenças", afirmou Iturra, acrescentando que agora eles estão em um momento de aproximação.
Ontem, o líder da missão da Nasa (agência espacial americana) enviada ao Chile, Michael Duncan, declarou que a principal tarefa dos especialistas será justamente evitar que os mineiros "se desesperem".
Duncan, que é diretor-adjunto do Centro Médico do Centro Espacial Johnson em Houston, explicou que no tratamento de astronautas "sempre os aconselhamos a não se concentrarem em datas específicas". No caso dos trabalhadores, ele orientou as autoridades locais a fazer o mesmo. "Não podemos criar falsas expectativas. Não podemos especular", insistiu Duncan.
A equipe da Nasa conta com dois médicos, um psicólogo e um engenheiro.
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