Os dois homens que assaltaram na quinta-feira a dependência do Banco Espírito Santo (BES) de Campolide, em Lisboa, recusaram-se a negociar com as autoridades portuguesas e ameaçaram durante as negociações, que duraram cerca de nove horas, executar os dois reféns. De acordo com a imprensa local, os dois seriam brasileiros, mas apesar de a polícia informar que ambos eram imigrantes ilegais, não foi confirmada a nacionalidade dos criminosos. ( Os momentos finais do assalto ).
A imagem de todos os brasileiros fica comprometida, diz blogueira em Lisboa O assalto terminou no fim da noite, quando os assaltantes chegaram próximo à porta da agência usando os dois reféns como escudo. Um dos criminosos acabou sendo morto pela polícia e o outro ficou gravemente ferido.
- A única coisa que dizemos é que são cidadãos estrangeiros. Recusamo-nos a confirmar se são brasileiros ou italianos - disse o ministro da Administração Interna, Francisco Oliveira Pereira aos jornalistas.
O secretário-geral do Gabinete Coordenador de Segurança, o general Leonel Carvalho, indicou que foram dadas recomendações à polícia para não serem divulgados dados quanto à identidade dos dois assaltantes. O responsável confirmou, porém, que nenhum dos dois tinham passagem pela polícia de Portugal e que estavam no país "há alguns meses". Apesar do ministro ter afirmado que os dois assaltantes estariam ilegalmente em Portugal, o general Leonel Carvalho disse que a situação está sendo investigada.
Durante uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (8), Pereira adiantou que os dois homens,"com idades entre 25 e 35 anos", estavam em situação ilegal no país e que o assalto que tentaram realizar à dependência bancária teria sido planejado, já que os reféns foram imobilizados com o recurso de algemas de plástico.
Segundo o canal de TV português RTP, Pereira disse estar satisfeito com a atuação da polícia:
"Perante à ameaça de que os reféns viessem a ser atingidos, a polícia utilizou a força necessária e indispensável, atingindo os criminosos e salvando os reféns".
"A segurança é um direito fundamental. Sabemos que nos cabe prevenir e reprimir a criminalidade e não pouparemos esforços para o fazer", acrescentou.