A Arábia Saudita recebeu com entusiasmo nesta terça-feira (27) o desejo manifestado pelo novo presidente dos Estados Unidos de fortalecer as ligações com o mundo árabe. O ministro de Relações Exteriores, príncipe Saud al-Faisal, elogiou Barack Obama por "seu desejo de ter um relacionamento forte e proveitoso com o mundo árabe" e disse que sua postura foi uma "evolução positiva" na política norte-americana em relação ao Oriente Médio.

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Em entrevista para a emissora de televisão a cabo Al-Arabiya, nesta segunda-feira, Obama se dirigiu ao mundo muçulmano para dizer que "os americanos não são seus inimigos", e pediu que israelenses e palestinos retornem à mesa de negociações. Obama prometeu direcionar diretamente questões ao Oriente Médio no início de sua presidência em vez de esperar anos, como seu predecessor George W. Bush, mas disse que não queria que as expectativas fossem elevadas a um nível muito alto em relação a um pronto processo de paz após a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.

O príncipe saudita disse à emissora de Dubai Al-Arabiya que a solução para o conflito no Oriente Médio iria "automaticamente contribuir para a resolução de outras crises regionais". Ele disse que países árabes estavam prontos para discutir com a administração Obama o plano de iniciativa de paz saudita, de 2002, que pede a normalização dos laços com Israel em troca da retirada completa dos territórios ocupados em 1967. "(Países árabes) Não têm reservas em manter um diálogo produtivo para responder quaisquer questões propostas pela administração norte-americana sobre o plano de paz", disse ele. As informações são da Dow Jones.

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