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Ministros do Meio Ambiente tentaram superar as diferenças entre nações ricas e pobres em Copenhague neste domingo (13), enquanto a polícia detinha mais de 250 manifestantes no segundo dia de protestos.

Líderes da Igreja entregaram uma petição com meio milhão de assinaturas à Organização das Nações Unidas (ONU) e oraram por justiça ambiental, enquanto centenas de manifestantes marchavam pelo centro da cidade pelo segundo dia para lembrar os líderes mundiais da enorme pressão do público por um acordo bem-sucedido na conferência que segue até o dia 18.

"Estamos dizendo a eles: Ei, vocês que estão sentados aí tomando as decisões, o mundo está esperando por um acordo real", disse o arcebispo sul-africano e Nobel da Paz Desmond Tutu a uma plateia reunida no centro de Copenhague.

O dia seguinte a uma grande manifestação terminou em violência e na maior prisão em massa na história da Dinamarca. A polícia interrompeu uma pequena marcha que disse não ter sido autorizada, e prendendo quase todos os que participaram dela por perturbar a ordem.

Mais de 90 ministros se reuniram informalmente no dia de folga das negociações oficiais entre as 190 nações para tentar romper um impasse sobre quem é responsável pelos cortes nas emissões, de quanto eles devem ser e quem deve pagar por eles.

O ministro da Energia britânico, Ed Miliband, disse que o clima foi positivo nas conversações, mas que as diferenças não foram resolvidas. "Todo mundo percebe a urgência do que estamos experimentando, mas precisamos nos mover mais rápido", disse a jornalistas. "Precisamos superar os principais temas como a redução das emissões e o dinheiro necessário e a transparência do compromisso."

Países como a China e a Índia dizem que o mundo industrializado deve fazer as maiores reduções nas emissões e ajudar as nações pobres a financiarem a mudança para o crescimento mais verde e a se adaptarem a um mundo mais quente.

Países mais ricos dizem que as emissões de carbono do mundo em desenvolvimento estão crescendo tão rápido que os governos devem se comprometer com reduções nessas emissões a fim de evitar níveis perigosos de aquecimento terrestre.

As negociações em Copenhague vão culminar em uma cúpula na quinta e sexta-feiras que contará com a presença do presidente dos EUA, Barack Obama, o que deve acrescentar pressão sobre os negociadores para que um acordo seja alcançado.

Orações por justiça

Tutu entregou para Yvo de Boer, chefe do Secretariado da Mudança Climática da ONU, uma declaração com meio milhão de assinaturas de todo o mundo pedindo por "um acordo climático justo e efetivo, que coloque as necessidades dos pobres em primeiro lugar".

De Boer disse que esperava que a pressão pública pudesse persuadir os líderes a deixarem de lado suas preocupações sobre a crise financeira mundial e tentarem resolver a ameaça urgente da mudança climática.

A polícia dinamarquesa soltou todos os quase mil detidos, com exceção de 13, depois da marcha de sábado. As manifestações de milhares de pessoas foram em grande parte pacíficas, mas durante a noite uma delas terminou em violência, pois os manifestantes quebraram vidraças e incendiaram carros.

Alguns dos detidos disseram que foram presos injustamente e maltratados pela polícia, e as novas detenções enfureceram os ativistas, que disseram estar exercendo pacificamente seus direitos.

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