Uma missão diplomática da Organização dos Estados Americanos (OEA) deve chegar a Honduras nesta quarta-feira (7) com o objetivo de tentar restabelecer a democracia no país centro-americano por meio do diálogo entre o ex-presidente do Congresso, Roberto Micheletti, e o presidente deposto, Manuel Zelaya.
O grupo é formado pelo secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza; um representante do secretariado-geral da Organização das Nações Unidas (ONU); os ministros de Relações Exteriores da Costa Rica (país que preside atualmente o Sistema de Integração Centro-Americana Sica); do Equador (que preside a União das Nações Sul-Americanas Unasul); além dos representantes de El Salvador; do México e Panamá. Também integrarão a delegação oschanceleres do Canadá e da Jamaica; o secretário de Estado da Espanha para Iberoamérica, JuanPablo de La Iglesia;o vice-ministro de Relações Exteriores da Guatemala e os membros permanentes da Argentina e do Brasil na OEA.
Esta será a segunda delegação da OEA a chegar ao país desde 28 de junho, data em que Zelaya foi destituído do cargo e expatriado sem poder se defender da acusação de que pretendiamudar a cláusula pétrea da Constituição do país que proíbe a reeleição presidencial.
A delegação precursora, composta por seis funcionários, chegou a Tegucigalpa na última sexta-feira (2) com o propósito de preparar a reunião de quarta-feira. O chefe do grupo, Victor Rico, explicou que a missão chega para "ajudar no diálogo entre oshondurenhos" e buscar a implementação do acordo de San José, pacto proposto pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias.
A proposta de Arias prevê o retorno e a permanência de Manuel Zelaya na Presidênciaatéa realização das eleições previstas para29 de novembro. Como contrapartida, Zelaya se comprometeria anãopropor qualquer alteração naConstituição a fim de tentar a reeleição.
Em agosto, o governo golpista de Micheletti já havia canceladoo que seria a primeira visita da OEA ao país, atribuindo o cancelamento intransigência do secretário-geral da organização, que suspendeu a participação de Honduras na entidade pordesrespeito ordem democrática.
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