O presidente egípcio, Mohammed Mursi, afirmou em entrevista coletiva que seu país "não permitirá que ninguém intervenha para dividir a Síria" e considerou que a solução para o conflito não passa por uma intervenção militar estrangeira.

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Para Mursi, a divisão da Síria representaria "um perigo para o povo sírio e os países da zona, incluindo o Egito. Isso levaria à instabilidade e a uma grande perturbação na região, e seria um obstáculo para alcançar a paz no Oriente Médio".

As palavras de Mursi chegam depois que as forças pró-governo sírias massacraram dezenas de pessoas na província mediterrânea de Tartus, um reduto de minoria alauita ao qual pertence o presidente Bashar al Assad e onde se especula que o regime poderia tentar criar um mini Estado para essa comunidade.

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Mursi anunciou na entrevista que seu país pretende reunir em breve no Cairo "todas as forças e facções da oposição síria para que cheguem a um acordo", que seria patrocinado pelo Egito.

Além disso, adiantou que pretende ampliar o acordo sobre a Síria que formou em agosto com a Arábia Saudita, Turquia e o Irã, para tentar que um delegado da Liga Árabe, outro da ONU, outro da Organização da Cooperação Islâmica, um representante da oposição e outro do regime entrem no país e sejam aceito pelos opositores.

"Não se pode falar de intervenção militar, isto só danificaria mais o processo. Agora é um dever alcançar o desejo do povo sírio de mudar este regime e estabelecer outro sistema que reflita sua vontade", assinalou.

Para o egípcio, os sírios querem uma mudança verdadeira, que comece com a cessação dos atos de violência e da agressão do regime contra seu povo.

"O diálogo e as vias pacíficas, com a colaboração dos países árabes e com o auspício internacional, são o meio adequado e mais influente na atual situação", afirmou Mursi, antes de lembrar a oferta de diálogo lançada em janeiro pelo então líder da Coalizão Nacional Síria (CNFROS), Muaz al-Khatib.

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