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Moradores de Trípoli apresentaram nesta segunda-feira relatos diferentes sobre os confrontos na capital líbia. Alguns disseram ter ouvido tiros, e um ativista político afirmou à TV Al-Jazira que aviões militares estavam bombardeando a cidade.

Confrontos na capital da Líbia nesta segunda-feira entre manifestantes de oposição ao governo de Kadafi e as forças de segurança deixaram 160 pessoas mortas, informou a emissora de TV Al Arabiya, citando testemunhas.

O canal árabe por satélite divulgou o número em um rápido boletim de notícias, sem fornecer mais detalhes.

"Não sabemos o que está acontecendo, só podemos ouvir disparos ocasionais", disse à Reuters um morador dos arredores da praça Verde, no centro da capital.

"Só ouço disparos às vezes. Estou em casa protegendo minha família, porque a situação é instável. Ninguém sabe o que vai acontecer", disse outro morador.

Já Adel Mohamed Saleh, que diz ser ativista político em Trípoli, declarou ter presenciado um bombardeio, inicialmente tendo como alvo uma procissão fúnebre.

"O que estamos testemunhando hoje é inimaginável. Aviões de guerra e helicópteros estão indiscriminadamente bombardeando uma área depois da outra. Há muitíssimos mortos", disse Saleh ao vivo à Al Jazeera.

"Nossa gente está morrendo. É a política de terra arrasada. A cada 20 minutos eles bombardeiam", acrescentou.

Ele relatou que os ataques prosseguiam. "Quem se movimenta, mesmo estando de carro, eles atiram."

Não houve verificação independente desse relato, mas Fathi al Warfali, ativista líbio que dirige o Comitê Líbio de Verdade e Justiça, que participava de um protesto em frente à sede europeia da ONU, em Genebra, afirmou ter escutado informações semelhantes.

"Aviões militares estão atacando civis manifestantes em Trípoli agora. Os civis estão assustados", disse Al Warfali à Reuters.

FugaDois pilotos da Força Aérea da Líbia voaram para Malta, país vizinho, para não ter de atirar nos manifestantes.

Os dois pilotos, segundo autoridades, ambos coroneis das forças armadas, partiram de uma base militar próxima à capital Líbia, Trípoli. Um deles já solicitou asilo político em Malta, disse o governo.

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