O líder boliviano Evo Morales buscará neste domingo (6), com grande favoritismo, a reeleição ao cargo de presidente do país, para continuar nos próximos cinco anos a "mudança" indigenista e socialista que iniciou há quatro anos.
As pesquisas preveem que o governante do país, peça-chave da aliança regional esquerdista "antiimperialista" liderada pelo venezuelano Hugo Chávez, será reeleito facilmente e ganhará também o controle do legislativo.
Mas o principal opositor, Manfred Reyes Villa, anunciou que vai forçar um segundo turno em fevereiro de 2010. Isso acontecerá se, ao contrário dos prognósticos, o ganhador do domingo não tenha maioria absoluta de votos ou pelo menos 40 por cento e uma vantagem de dez pontos percentuais.
Morales, que deve votar na região produtora de coca de Chapare, e os 5,1 milhões de eleitores colocarão à prova um novo sistema eleitoral elogiado pela comunidade internacional, mas não isento de supostas tentativas de fraude.
"Podemos dizer que temos grande confiança no padrão. Cremos que foi uma grande experiência e estamos seguros de que, por isso, o processo de amanhã (domingo) será muito amplo, muito democrático, muito pacífico", afirmou a repórteres o chefe da missão de observação da OEA (Organização dos Estados Americanos), Horacio Serpa.
O enviado colombiano e outros chefes de missões internacionais, que somam um total de mais de 500 observadores, reuniram-se na manhã deste sábado com Morales para expressar seu respaldo ao processo pelo qual, pela primeira vez em 45 anos, um governante em exercícios tenta a reeleição.
Morales impulsiona um histórico acesso das maiorias indígenas ao poder e um processo de estatização da economia que, em parte por uma boa conjuntura de preços das matérias-primas, permitiu a aceleração do crescimento e o aumento da popularidade do presidente, com benefícios a estudantes, mães e idosos.
"Temos dois caminhos: seguir com a mudança para garantir, consolidar, para aprofundá-la e acelerá-la, ou voltar ao passado, ao neoliberalismo", afirmou Morales na quinta-feira a uma multidão em um ato de encerramento de sua campanha, que fez passar quase despercebida a tímida publicidade de seus opositores.
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