As pesquisas de boca de urna antecipam uma nova vitória em primeiro turno do atual presidente da Bolívia, Evo Morales, frente a seus adversários, o opositor de direita Manfred Reyes Villa e o empresário centrista Samuel Doria Medina. "Eu não me sinto como se já tivesse ganho. Não podemos cantar vitória", disse Morales, após votar no Chapare, no centro boliviano, neste domingo (6). Ele aparece nas pesquisas com mais de 50% das intenções de votos, ante aproximadamente 20% de Reyes Villa.
A votação das eleições gerais da Bolívia foi encerrada às 16h locais (18h, no horário de Brasília), oito horas após a abertura das urnas. Participaram oito alianças políticas, três delas com maior chance de ganhar. A expectativa era de que mais de 5 milhões de bolivianos passassem pelas urnas para eleger não apenas o principal executivo do país, mas também uma nova Assembleia Legislativa. Pela primeira vez, bolivianos que residem na Argentina, Brasil, Espanha e Estados Unidos puderam votar.
O presidente da Corte Nacional Eleitoral afirmou na manhã deste domingo que o resultado de ao menos 80% do país deve sair em menos de 48 horas.
A missão de observadores enviada pela União Europeia (UE) às eleições gerais da Bolívia avaliou como positivo o desenrolar da votação, que registrou pequenos incidentes de ordem administrativa em 15% das mesas visitadas. Os 130 observadores europeus, espalhados por vários pontos do país, também constataram a "total ausência de incidentes violentos" ao longo do dia. Bolivianos que não puderam votar lamentaram a ausência. Eles ficaram impossibilitados de participar do processo eleitoral porque não conseguiram chegar a La Paz devido a um problema na conexão de um vôo que saiu de São Paulo, na noite de sábado, com atraso.
"Isso tem consequências, primeiro porque não poderemos exercitar nosso direito de cidadão ao voto. Segundo, porque há uma sanção que estabelece que quem não vota não pode exercer transações bancárias; terei de passar por um trâmite para mostrar que não votei por essa circunstância", explicou o economista Napoleón Pacheco.
Apoio
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse que Evo Morales "é Bolívia", durante as eleições que indicam a reeleição do líder indígena para a presidência da Bolívia. "A Bolívia avança para sua descolonização definitiva", escreveu Chávez em sua coluna semanal, antes de ler o texto em seu programa semanal de rádio e televisão, qualificando o líder boliviano como um "homem puro, cristalino".
Vice
Candidato a vice na chapa de Manfred Reyes, Leopoldo Fernándes votou na penitenciária de San Pedro, em La Paz, onde está preso desde setembro de 2008, acusado de ter comandado um massacre de camponeses quando era prefeito de Pando (cargo equivalente ao de governador no Brasil).
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