O presidente Evo Morales quer colocar a nova Constituição da Bolívia em vigência no dia 7 de fevereiro, menos de duas semanas depois da aprovação do projeto "plurinacional" e socialista em um referendo, anunciou neste domingo (1º) um líder sindical governista.
A promulgação da Carta Magna será realizada em um grande ato na cidade aimará de El Alto, vizinha a La Paz, disse à rádio estatal o principal dirigente da Central Obreira Regional, Edgar Patana, em sintonia com anúncios similares feitos nos dois dias anteriores por outros dirigentes sociais.
O porta-voz governamental Iván Canelas disse à Reuters que Morales prevê promulgar a Constituição de fato em 7 de fevereiro, embora tenha advertido que "isso depende em parte de alguns fatores que o governo não controla, dai não haver ainda uma confirmação definitiva."
Um desses fatores é a contagem oficial do referendo de 25 de janeiro, que a Corte Nacional Eleitoral deve entregar formalmente ao Congresso para que o novo texto entre em vigência.
A contagem, que chegou na sexta-feira a 99,98 por cento das urnas, dava à nova Constituição um apoio de 61,43 por cento dos votos válidos, mas permaneciam pendentes quatro urnas do distrito amazônico de Beni que, segundo a mídia local, correspondem a um povoado isolado pelas chuvas.
Com a nova Constituição, peça-chave para a "refundação" da Bolívia prometida por Morales, o líder indígena poderá buscar a reeleição e garantir seu poder, com uma Assembléia Legislativa na qual os povos "originários" terão uma representação garantida.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas