Morreu na quarta-feira aos 106 anos, em Maidenhead, na Inglaterra, o britânico Nicholas Winton, conhecido por salvar pouco antes da Segunda Guerra Mundial 669 crianças da antiga Tchecoslováquia que seriam entregues aos nazistas.
No final de 1938, quando era funcionário da bolsa de valores de Londres, Winton desistiu de viajar para uma estação de esqui na Suíça e foi convidado a ir a Praga por um amigo da embaixada britânica. A Tchecoslováquia tinha acabado de ser ocupada pelos nazistas. A intenção do amigo era criar um mecanismo para tentar ajudar famílias judaicas.
Winton abriu um escritório em um hotel da cidade para receber pais judeus que queriam enviar seus filhos a um local seguro. Ele obtinha vistos para as crianças entrarem em território britânico, encontrava famílias que as adotassem, levantava fundos para o transporte e pagava propinas a membros da Gestapo, o serviço secreto nazista.
Entre março e agosto de 1939, 669 crianças chegaram ao Reino Unido em oito trens. Em 1º de setembro, a Alemanha invadiu a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial. Com o conflito, as autoridades britânicas impediram o acesso de um nono trem com mais 250 crianças, que desapareceram depois. A história era pouco conhecida até 1988, quando foi revelada pela rede britânica BBC.
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