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violência no cairo

Morrem dois manifestantes durante confronto com a polícia no Egito

Policial em meio à fumaça do gás lacrimogêneo lançado durante confrontes entre a polícia e manifestantes no Cairo | REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
Policial em meio à fumaça do gás lacrimogêneo lançado durante confrontes entre a polícia e manifestantes no Cairo (Foto: REUTERS/Amr Abdallah Dalsh)

Pelo menos dois manifestantes morreram e outros 70 ficaram feridos neste sábado (9) durante duros enfrentamentos entre os torcedores do clube de futebol Al Ahly, que protestam pela sentença do massacre do estádio de Port Said, e as forças de segurança no centro do Cairo, informaram à Agência Efe fontes de segurança.

As fontes explicaram que os agentes antidistúrbios disparam gás lacrimogêneo contra os manifestantes, enquanto estes últimos lhes lançam pedras e morteiros.

Fontes médicas especificaram que um dos manifestantes morreu asfixiado pelo gás lacrimogêneo e o outro por disparos de balas de borracha. Além disso, revelaram que também há manifestantes feridos com balas de chumbo.

Esses choques acontecem horas depois que milhares de torcedores radicais do Al Ahly, conhecidos como "Ultras Ahlawy", incendiaram o Clube de Oficiais da Polícia e a sede da Federação Egípcia de Futebol, também na capital egípcia.

Os protestos desses torcedores explodiram depois das sentenças ditadas na manhã de hoje por um tribunal na causa do massacre de Port Said, em fevereiro de 2012, quando 72 pessoas, a maioria delas torcedores do Al Ahly, morreram nesse estádio em confronto contra a torcida do time local, Al Masry.

O tribunal, presidido pelo juiz Sobhi Abdelmeguid, ordenou que os condenados sejam enforcados pelos delitos de "assassinato e tentativa de assassinato" em Port Said.

As penas de morte já haviam sido pronunciadas em 26 de janeiro e enviadas ao mufti - máxima autoridade religiosa do Egito - para que ele emitisse sua sentença, embora ainda restasse a confirmação da Justiça.

Além disso, a corte decretou hoje penas de prisão com prazos de um e 15 anos para o restante dos acusados, ao mesmo tempo em que absolveu outras 28 pessoas.

Entre os condenados a 15 anos de prisão estão duas antigas autoridades policiais de Port Said, enquanto outros sete membros da Polícia foram absolvidos.

O porta-voz oficial da presidência egípcia, Ihab Fahmi, disse que esta instituição não se pronunciará sobre as sentenças do tribunal, mas ressaltou que "as decisões da Justiça são obrigatórias e devem ser respeitadas".

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