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Conflito no golfo

Mortes de civis no Iraque tiveram relatos falsos, diz jornal

A investigação militar dos Estados Unidos para descobrir se marines tentaram encobrir as mortes de civis iraquianos em Haditha concluiu que alguns oficiais deram relatos falsos aos seus superiores, que depois não souberam avaliar as informações, segundo reportagem publicada nesta quinta-feira.

Segundo o jornal "The Washington Post", um oficial do Exército americano, que não teve o nome divulgado, disse que a investigação de três meses deve pedir ainda mudanças nos métodos de treinamento dos soldados que servem no Iraque.

Há duas investigações em andamento sobre as mortes de 24 homens, mulheres e crianças no dia 19 de novembro em Haditha, cidade a 200 quilômetros a noroeste de Bagdá. A região tem muita atividade de insurgentes sunitas.

Segundo o jornal, o oficial do Exército disse que foram identificadas muitas falhas, mas não disse se elas serão classificadas de "cobertura", conforme alegou o deputado John Murtha. Ele é democrata de Pensilvânia, ex-marine condecorado e crítico da guerra no Iraque.

O "Post" disse que o relatório final da investigação liderada pelo major-general Eldon Bargewell deve ser distribuído para os principais comandantes no final desta semana.

Nesta quinta-feira, os métodos de treinamento deverão ganhar mais atenção, pois o general George W. Casey, principal comandante americano no Iraque, deverá ordenar que todas as tropas dos EUA e aliadas recebam treinamento de "valores", disse o jornal.

"Não somente nossos líderes vão debater como tratar civis sob as regras de combate, como também as unidades pequenas também vão receber ordens de passar por cenários de treinamento para avaliar seu entendimento destas regras", disse o artigo.

Não houve comentário imediato do porta-voz do Comando Central dos EUA em Bagdá.

Outra investigação militar encontrou evidências de que as mortes em Haditha ocorreram sem provocação, contradizendo um relato do incidente feito pelos marines dos EUA.

A investigação do Serviço Investigativo Criminal Naval, responsável por casos envolvendo os marines, pode levar a acusações incluindo assassinato, disseram autoridades.

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