Pelo menos 83 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas em uma série de atentados na cidade turística de Sharm el-Sheik, no Egito, em um dos mais graves da História Moderna do país. Segundo fontes do Ministério do turismo, entre os mortos há pelos menos sete estrangeiros.

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No início da madrugada várias explosões ocorreram na cidade antiga de Sharm el-Sheik e no bairro moderno de Naama Bay, atingindo o mercado antigo de Sharm, o hotel Ghazala Gardens e um estacionamento.

Segundo comunicado do Ministério do Interior, pelo menos dois carros-bombas pacotes com explosivos causaram as explosões. Testemunhas disseram que o hotel Ghazala Gardens foi sacudido por várias explosões.

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Fernando Lema, um espanhol que viu as eplosões do hotel, afirmou que a primeira delas foi mais leve, o que atraiu muitas pessoas. Foi quando uma segunda explosão, muito maior, acabou com a fachada do hotel e a recepção, fazendo voar corpos e objetos.

O grupo "Brigada de Abdula Azam", que afirmou ser ligado à "Organização Al-Qaeda para a Síria e Egito", reivindicou os atentados por meio de mensagem em um site de internet. Em outubro, esse mesmo grupo assumiu a responsabilidade pela série de atentados contra pontos turísticos na cidade de Taba, que deiou 34 mortos, em sua maioria egípcios e israelenses.

O presidente egípcio Hosni Mubarak viajou para o local dos atentados acompanhado do ministro do Interior, Habib el Adly, e da Saúde, Mohamed Awad Taguedín, e visitaram vários dos feridos.

Um grupo de espanhóis que trabalham na empresa Segas, uma empresa de gás, e que estavam passando o fim de semana no resort de Sharm el Sheik, foi atingido pelas explosões no momento em que saíam para o jantar.

Entre os feridos há também britânicos, dois deles em estado grave, holandeses, italianos, vários sauditas e de outros países árabes. A polícia proibiu a entrada nos hospitais dos curiosos que querem saber sobre o estado de saúde dos feridos.

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As meidas de segurança foram reforçadas em Sharm el SHeik. assim como no aerporto do Cairo.

De acordo com uma testemunha, que acordou com as explosões, apesar de estar a mais de três quilômetros do local mais próximo, disse ser muito estranho que os carros-bombas tenham conseguido passar pelo forte controle que sempre há na cidade.

O ministro do Interior não excluiu uma possível relação com os atentados de Taba, atribuídos a um grupo de beduínos egípcios liderados por um palestino, mas descartou qualquer relação com os atentados de Londres.

Por sua vez, o ministro do Turismo, Ahmed al Magrabi, disse, em Pequim, onde está em visita, que certamente os atentados afetarão o turismo, mas somente "por um curto prazo".

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