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Não, a Alemanha não mudou de ideia. Não, a Alemanha não proibiu a entrada de refugiados, mas está sim tentando organizar o fluxo migratório, para que a tentativa de fazer o bem não se transforme em um problema futuro insolúvel que coloque em risco o bem estar de todos, incluindo refugiados e cidadãos dos países receptores.

É óbvio que a urgência impõe medidas rápidas, pois a fuga pela vida não aguarda que burocratas decidam em reuniões intermináveis o que fazer, entretanto, é preciso entender que, visando diminuir a possibilidade de que estes próprios refugiados sejam jogados à marginalidade após transporem as fronteiras dos países aos quais estes se destinam, esta entrada seja organizada e bem distribuída.

Em nome do bem estar e da segurança dos próprios refugiados dos países receptores, organizar a entrada, a destinação e permitir a identificação de todos passa a ser a grande preocupação depois que ficou clara a necessidade de que algo precisa ser feito.

Deve sim haver a acolhida daqueles que sofrem com o flagelo da guerra, intolerância e miséria humana, mas de forma ordeira e com a percepção de que, além de receber estas pessoas, deve-se permitir que estas sejam inseridas na sociedade de forma digna, impedindo que simplesmente cheguem e fiquem à margem, possibilitando que sejam assistidas. E para que sejam assistidas é imperativo que sejam conhecidas, e para que sejam conhecidas o controle se faz necessário.

Não se combate a tragédia humana de forma imediatista e desordenada, mas sim de maneira organizada e com os olhos voltados ao bem estar e ao futuro de todos envolvidos, o que inclui questões como a reinserção social e a segurança. E, para isso, na maioria das vezes o controle é inevitável.

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