O movimento dos países não alinhados reiterou em uma reunião em Belgrado seu apoio ao reconhecimento internacional da Palestina e sua adesão total à ONU, anunciou nesta terça-feira o chefe da diplomacia egípcia, Mohammed Kamel Amr.
"Seguiremos durante a 66ª sessão da Assembleia Geral apoiando as tentativas palestinas para o reconhecimento do Estado palestino com base nas fronteiras de 4 de junho de 1967" antes da Guerra dos Seis Dias, "e pedindo sua adesão total à ONU", declarou Kamel Amr no último dia da reunião.
Kamel Amr informou que a maioria dos países membros do movimento já tinha reconhecido o Estado palestino.
Ele não informou, no entanto, se todos os países-membros votarão pela resolução palestina na ONU.
Diante do bloqueio do processo de paz, a Autoridade Palestina lançou uma iniciativa para tentar fazer a Assembleia Geral da ONU reconhecer, no mês de setembro em Nova York, um Estado da Palestina com as fronteiras que existiam antes da Guerra dos Seis Dias de 1967. O presidente da Autoridade Palestina apresentará em 20 de setembro um pedido de adesão total às Nações Unidas, apesar da hostilidade de Israel e dos Estados Unidos.
O movimento dos não alinhados está reunido desde segunda-feira em Belgrado para celebrar o 50º aniversário de sua primeira cúpula, realizada nesta mesma cidade em 1961.
O movimento foi criado nos anos 1950, em plena Guerra Fria, pelo então presidente iugoslavo Josip Broz Tito, pelo primeiro-ministro indiano Jawaharlal Nehru, pelo presidente egípcio Gamal Abdel Nasser pelo indonésio Sukarno e pelo presidente de Gana, Kwame Nkrumah.
O grupo reúne 118 Estados que não se consideram alinhados a nenhuma potência mundial, e entre eles estão Índia, Paquistão, Argélia, Egito, Indonésia, África do Sul e Irã.
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