O governo americano não vê "sabedoria" em encerrar o embargo econômico contra Cuba, uma antiga reivindicação de Havana, agora renovada com o objetivo de acelerar o ingresso de ajuda humanitária no país depois de o furacão Gustav ter deixado parte do arquipélago comunista debaixo dágua.
No sábado, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba rejeitou a oferta norte-americana de enviar uma equipe de análise de desastre. A recusa não faz menção aos US$ 100 mil oferecidos por Washington em ajuda humanitária via entidades sem fins lucrativos.
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Encerrando uma visita ao norte da África, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, disse a jornalistas que o presidente George W. Bush disse em diversas ocasiões que o governo americano estaria aberto "a um regime cubano preparado para libertar prisioneiros políticos e a caminho de realizar eleições livres e justas". Mas "não vemos nada que sugira que isso venha a acontecer", prosseguiu a chanceler americana.
Com a aproximação de mais uma forte tempestade, o furacão Ike, a chancelaria cubana defendeu que "a única ação correta e ética (por parte dos EUA) seria a eliminação total e definitiva dos duros e cruéis bloqueios econômico, comercial e financeiro aplicados há quase meio século" contra a nação caribenha.
Rice alegou não ser possível, sob as atuais circunstâncias, a suspensão do embargo. "O que nós não podemos fazer é transferir o poder de um regime ditatorial para outro. Isso não é aceitável em um hemisfério ocidental democrático, como também não é aceitável para o povo cubano. Então eu não acho que nesse contexto nós passemos a ver agora a suspensão do embargo como algo sábio", argumentou.
O ex-presidente cubano Fidel Castro escreveu na semana passada que o Gustav custaria bilhões de dólares em um arquipélago onde o salário médio equivale a US$ 20 por mês. O Gustav não provocou mortes em Cuba, mas destruiu 100.000 habitações no país.
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