A mais nova missão de observação e pesquisa da Terra será lançada no dia 23 de fevereiro, da Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia. O satélite Glory pretende estudar como o Sol e as partículas em suspensão na atmosfera (aerossóis) afetam a temperatura da Terra. O satélite vai se juntar a uma frota chamada Afternoon Constellation ou "A-train", grupo de satélites de observação que inclui as naves Aqua e Aura, da Nasa.
- O Glory vai ajudar os cientistas a atacar uma das maiores questões das mudanças climáticas identificada pelo Painel Intergovernamental das Nações Unidas: a influência dos aerossois no equilíbrio de energia do nosso planeta - diz Michael Freilich, um dos diretores da missão da Nasa.
Originalmente aprovado em 2005, o Glory foi desenvolvido por um time de engenheiros e cientistas de vários setores dos EUA. O satélite chegou em Vandenberg em 11 de janeiro depois de uma viagem pelo país desde a Orbital Sciences Corporation, em Dulles.
- A nave está no local de lançamento e todas as inspeções e testes elétricos estão sendo feitos - diz Bryan Fafaul, gerente do projeto Glory no Goddard Space Flight Center, da Nasa.
O satélite está equipado com uma nova tecnologia para esclarecer alguns dos mais complexos elementos do Sistema da Terra. A missão levará o aerossol Polarimetria Sensor (APS) - que vai coletar dados de nove tipos de ondas diferentes para ajudar a distinguir entre os aerossois naturais e os produzidos por humanos - e o monitor de irradiância total (TIM, na sigla em inglês) - para medir a irradiância solar, que varia conforme os ciclos do Sol a cada 11 anos, aproximadamente.
Glory vai voar na órbita baixa da Terra, em uma altitude de 438 milhas, a distância aproximada de Boston a Washington. Depois do lançamento, a missão fará testes de verificação a cada 30 dias e coletará dados por pelo menos três anos.
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