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Naufrágio deixa cerca de 700 imigrantes desaparecidos no Mediterrâneo

Equipe de resgate trabalha na sala de operações da Guarda Costeira Italiana, onde é coordenado o socorro das vítimas. | ANGELO CARCONI/EFE
Equipe de resgate trabalha na sala de operações da Guarda Costeira Italiana, onde é coordenado o socorro das vítimas. (Foto: ANGELO CARCONI/EFE)

Cerca de 700 imigrantes estão desaparecidos nas águas do Canal da Sicília após o naufrágio do pesqueiro no qual viajavam com destino à Itália, confirmou neste domingo a porta-voz do Acnur na Itália, Carlotta Sami.

Sami explicou que um dos 28 sobreviventes do naufrágio assegurou que na embarcação viajavam mais 700 pessoas.

Segundo esse testemunho, relatado por Sami, a Guarda Costeira italiana receberam um pedido de socorro durante a noite no qual lhes avisaram que o barco no qual viajavam estes imigrantes estava em perigo.

Perante a impossibilidade de chegar a tempo, a Guarda Costeira pediu a um navio português que navegava perto da região que se desviasse até o local do fato.

Quando o navio português se aproximava da embarcação na qual viajavam os imigrantes, estes “se colocaram todos no mesmo lado da embarcação e provocaram seu afundamento”.

A embarcação portuguesa iniciou então os trabalhos de resgate, enquanto se deslocavam para o local naves da Guarda Costeira italiana, da Guarda de Finanças e da Marinha Militar, bem como da Marinha de Malta, pois a tragédia aconteceu em águas próximas à ilha.

Neste momento, as embarcações da Itália e de Malta trabalham na busca de sobreviventes.

Se for confirmado, se trata de outra tragédia que acontece nos últimos dias no Mediterrâneo, depois que na terça-feira a organização Save the Children alertou que outros 400 imigrantes estão desaparecidos após o naufrágio de sua embarcação, segundo os testemunhos dos resgatados

A rota entre a Líbia e a ilha de Lampedusa, no Mar Mediterrâneo, é um caminho comum para imigrantes da África e Oriente Médio, mas nos últimos anos tornou-se uma das mais mortais. Mais de 200 mil já realizaram a travessia para chegar à Europa e mais de 3 mil morreram somente no ano passado.

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