Membros da Guarda Costeira italiana trabalhavam nesta quarta para resgatar imigrantes perdidos no mar, após a embarcação deles virar próximo a Lampedusa, uma pequena ilha perto do norte da África. Existe o temor de que muitos dos imigrantes tenham morrido.
Segundo a agência italiana Ansa, o barco de imigrantes e refugiados somalis, bengalis, sudaneses e eritreus, vindo da Líbia, transportava 300 pessoas e afundou a 65 quilômetros de Lampedusa, em águas territoriais de Malta. A Guarda Costeira da Itália e pescadores sicilianos salvaram até o momento 48 das 300 pessoas que estariam a bordo da precária embarcação, informou o funcionário Pietro Carosia. Mas os helicópteros também localizaram vários corpos no mar.
A Guarda Costeira agora investiga as circunstâncias do naufrágio que ainda não estão claras. Carosia disse que o barco havia partido da Líbia há pelo menos dois dias. Sobreviventes disseram à Organização Internacional da Imigração (OII) que eles conseguiram nadar até os barcos da Guarda Costeira que se aproximavam, mas vários outros se afogaram porque não sabiam ou não conseguiam nadar. A OII informou que entre os 300 estavam cinco crianças e 40 mulheres, das quais apenas duas sobreviveram.
O capitão de um pesqueiro siciliano que conseguiu resgatar três pessoas disse que a cena foi impressionante. "O que nós vimos foi terrível. As cabeças dos náufragos ficavam fora da água e depois mergulhavam. Todos gritavam por socorro", disse Francesco Rifiorito à Ansa. "Nós fizemos tudo o que foi possível".
Milhares de pessoas, a maioria de Túnis, capital da Tunísia, tentam chegar à costa italiana, fugindo das agitações políticas e da miséria e falta de oportunidades em boa parte do continente africano. As informações são da Associated Press.