O design da espaçonave Dream Chaser, uma das grandes promessas para transportar astronautas nos próximos anos, é fruto de uma longa linhagem, inspirado em uma espaçonave soviética. Em 1982, um avião de reconhecimento australiano fotografou um rebocador russo retirando algo com asas curtas das águas do Oceano Índico. O objeto, revelou-se mais tarde, era uma espaçonave de testes chamada Bor-4, modelo que causou tanta curiosidade que os engenheiros em Langley copiaram seu desenho.

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A Nasa batizou sua versão de HL-20, e, por certo período em 1991, tudo indicava que era a melhor alternativa de baixo custo para transportar os astronautas. Então, o administrador da Nasa que gostou do projeto, Richard Truly, deixou seu cargo na agência, e seu substituto, Daniel S. Goldin, achou que o modelo não era econômico o suficiente e paralisou o projeto.

O Dream Chaser possui o mesmo design exterior do HL-20 – uma decisão que permite que a Sierra Nevada apoveite anos de testes com túneis de vento, já realizados em Langley – com modificações apenas no interior da espaçonave. A maior mudança é a adição de dois motores, o que reduz o número de passageiros de dez para sete, mas acrescenta maior capacidade de manobra.

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A Orbital Sciences, empresa sediada no estado americano da Virgínia, também desenvolve projeto semelhante. O design do projeto da Orbital é um refinamento do HL-20. Seguindo o padrão de dar nomes da mitologia grega para as espaçonaves, a Orbital chama sua nave de Prometeu. A empresa informou que o desenvolvimento do Prometeu pode custar entre US$ 3,5 a US$ 4 bilhões, estimativa que já inclui a utilização do foguete Atlas V e dois voos teste.

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