O navio com 148 brasileiros, todos funcionários da construtora Queiroz Galvão, deixou na manhã deste sábado (26) o porto da cidade de Benghazi, na Líbia, informou o Ministério das Relações Exteriores. O embarque dos brasileiros e de cidadãos de outras nacionalidades foi feito na sexta-feira (25). De acordo com o Itamaraty, o mau tempo impediu a saída da embarcação no mesmo dia.
Os brasileiros serão levados para a embaixada do Brasil em Atenas, na Grécia. Segundo o Itamaraty, em condições normais, a viagem entre Benghazi e a Grécia leva 17 horas.
Pelas regras do governo líbio, os passaportes de estrangeiros que vivem no país ficam retidos. Por isso, os funcionários da empreiteira viajam sem o documento. A representação brasileira considera que sua principal tarefa, além da assistência geral aos brasileiros, é emitir rapidamente todos os documentos de autorização para retorno ao Brasil.
O navio foi a única alternativa encontrada pela empreiteira e o governo para a retirada dos brasileiros de Benghazi, onde ocorreram os protestos mais intensos contra o regime de Muamar Kadafi. As tentativas prévias de buscar os brasileiros por via aérea não foram possíveis porque a pista do aeroporto local foi destruída no início da semana.
Avião
Na quinta-feira (23), um voo fretado chegou a Malta, no Mediterrâneo, com 446 funcionários da construtora Odebrecht que estavam na capital líbia, Trípoli, incluindo 114 brasileiros. A empresa anunciou que fretaria três aviões para retirar funcionários e seus familiares do país norte-africano.
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