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Uma embarcação de grande porte deixou Atenas, na Grécia, em direção à Líbia na tarde desta quarta-feira (23) para resgatar um grupo de 148 brasileiros, informou o Ministério das Relações Exteriores. Eles ficaram retidos na Líbia devido aos conflitos após protestos contra o regime de Muamar Kadafi, que está no poder desde 1969.

Esses 148 brasileiros retidos, conforme o Itamaraty, são funcionários da construtora Queiroz Galvão que estão na cidade de Benghazi, um dos focos do conflito entre manifestantes e forças do governo.

A operação foi organizada pela embaixada brasileira em Atenas e paga pela Queiroz Galvão. O navio deixou o porto de porto de Pireus, em Atenas, por volta de 16h no horário de Brasília e fará percurso estimado em 17 horas. Isso significa que a embarcação deve chegar à Líbia na manhã de quinta-feira (24).

Além dos 148 brasileiros, informou o Itamaraty, pessoas de outras nacionalidades também serão resgatadas pelo navio. A opção pelo transporte marítimo teria sido feita devido aos danos causados durante os protestos ao aeroporto de Bengazhi.

De acordo com o Itamaraty, o embaixador brasileiro na Líbia, George Ney, negociou com o governo líbio na terça-feira para facilitar a saída dos brasileiros do país.

Ainda conforme o Itamaraty, entre 500 e 600 brasileiros vivem na Líbia, a maior parte funcionários de empresas brasileiras – além da Queiroz Galvão, Petrobras, Odebrecht e Andrade Gutierrez atuam no país.

Conflitos

Pelo menos 640 pessoas já morreram na Líbia desde 14 de fevereiro nos protestos contra o regime de Muamnar Kadhafi, anunciou nesta quarta-feira (23) a Federação Internacional para os Direitos Humanos (FIDH).

O número representa mais que o dobro do balanço oficial do governo da Líbia, divulgado na véspera, de 300 mortos.

A FIDH, com sede em Paris, menciona 275 mortos na capital na Líbia, Trípoli, e 230 na cidade de Benghazi, epicentro dos protestos, no leste do país.

Entre os mortos em Benghazi, 130 seriam militares que foram executados por seus superiores porque não quiseram atacar os manifestantes antigoverno, segundo a entidade.

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