Negociadores alcançaram um esboço inicial de um acordo climático durante a madrugada do último dia da conferência climática. O texto pede a limitação do aumento da temperatura global em 2 graus centígrados, além de bilhões de dólares em ajuda aos países pobres, disseram fontes.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se juntará a outros 120 líderes mundiais no último dia das negociações sobre o clima, que visam alcançar um acordo para impulsionar os esforços internacionais para cortar as emissões de gases causadores do efeito estufa, considerados responsáveis pelo aquecimento do planeta.
O texto, que ainda está em discussão, propõe um limite no aumento da temperatura global de 2 graus Celsius em relação à era pré-industrial, disseram as fontes, que pediram para não terem o nome revelado, à Reuters.
Países baixos, que podem sofrer mais com o aumento dos níveis dos oceanos, querem um limite mais rígido, de 1,5 grau centígrado. As temperaturas já subiram metade disso somente no último século, segundo o painel climático da ONU.
Duas fontes disseram que o texto também promete que os países ricos doarão 100 bilhões de dólares por ano até 2020 para ajudar países pobres a adaptarem suas economias e lidarem com a mudança climática .
Líderes de 26 nações ricas e em desenvolvimento se reuniram nas primeiras horas desta sexta-feira para tentar superar profundas divergências que afetam as negociações desde o seu lançamento, há dois anos em Bali, na Indonésia.
"Os líderes estão chegando, a maioria já chegou, e a razão que os fez decidir vir a Copenhague é porque há um sentimento genuíno de conseguir algo importante", disse o primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen.
Uma das fontes disse que o texto, que deve sofrer mudanças, não menciona metas de redução de emissões de carbono dos países industrializados.
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