Curitiba A rigor, a candidatura do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, ainda não está garantida. A Corte Constitucional aprovou a reforma legislativa que permite que um presidente concorra a dois mandatos consecutivos, mas precisa avalizar a Lei de Garantias Eleitorais para dar sustentação aos planos do chefe de Estado. Se essa lei, aprovada pelo Congresso, não for aceita pelos juristas, só os ex-presidentes devem ter suas candidaturas aceitas, uma vez que não há lei de controle do uso da estrutura do governo na campanha eleitoral, defende o ex-magistrado e pré-candidato Carlos Gaviria. No entanto, antes mesmo das discussões da Corte ganharem ritmo, Uribe já se considera candidato.
O resultado da votação da lei, que deve ocorrer até 11 de novembro, é considerado previsível pela imprensa colombiana. Os jornais acertaram em cheio ao apostar na aprovação da reeleição e agora consideram que os nove magistrados vão manter suas posições. Além disso, o principal opositor, o jurista Jaime Araújo Rentería, disse que vai renunciar à Corte e voltar a advogar. Ele alega que o tribunal fez vistas grossas às irregularidades no trâmite da reforma constitucional. Foram necessárias 62 votações sobre 18 questões para a aprovação da reeleição. O magistrado Alfredo Beltrán afirma que vai manter a oposição à reeleição durante a análise da Lei de Garantias. "Os defensores da reeleição têm a maioria dos votos, mas não a razão", argumenta. (JR)
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