O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, vinculou na quinta-feira a disposição de seu país em assumir riscos pela paz a uma ação mundial para refrear o programa nuclear do Irã e o fundamentalismo islâmico.
"O desafio mais urgente que este órgão enfrenta hoje é impedir que os tiranos de Teerã adquiram armas nucleares," disse Netanyahu na Assembleia Geral da ONU. Ele citou os riscos inerentes "ao casamento do fundamentalismo religioso com as armas de destruição em massa."
Netanyahu não disse quais ações Israel poderia tomar caso a comunidade internacional deixe de conter o programa nuclear iraniano, que Teerã garante ser pacífico.
Dois dias depois de uma reunião inconclusiva com os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, Netanyahu também evitou citar medidas que Israel poderia tomar para ajudar na retomada do processo de paz do Oriente Médio.
"Queremos a paz e acredito que, com boa vontade e empenho, tal paz pode ser obtida," disse ele. "Mas isso exige de todos nós conter as forças do terror lideradas pelo Irã, que buscam destruir a paz, eliminar Israel e reverter a ordem mundial," afirmou.
Netanyahu criticou um relatório da semana passada do Conselho de Direitos Humanos da ONU, segundo o qual tanto o Exército israelense quanto militantes palestinos cometeram crimes de guerra durante a ofensiva militar israelense de 22 dias na Faixa de Gaza, entre dezembro e janeiro últimos.
Descrevendo as conclusões da chamada Comissão Goldstone como um embuste, ele afirmou que o documento não é um bom prenúncio para a capacidade da ONU de convencer o Irã a suspender o enriquecimento de urânio.
"Ainda não há uma conclusão a respeito da ONU, e os recentes sinais não são encorajadores. Ao invés de condenar os terroristas e seus patronos iranianos, alguns aqui na ONU condenaram as suas vítimas," disse ele.
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